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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Interferência do Estado na Economia. Ou, Quem são os opressores, cara pálida?

Na edição 2349, de 27/11/2013, Veja publica uma reportagem de Giuliano Guandalini relatando a difícil situação do STF. O julgamento das ações que questionam os critérios de correção das aplicações de cadernetas de poupança usados nos planos de estabilização econômica anteriores ao Real.

São mais de vinte anos de briga judicial. Os juízos de primeira instância, em sua maioria, decidiram a favor dos poupadores. Aí tem início a guerra recursal que termina no colo dos Ministros do STF. Segundo a reportagem de Gaundalini, são cerca de 1 milhão de ações individuais e outras 1.000 coletivas. Cálculos do Banco Central apontam para um valor de 150 bilhões de reais a serem pagos aos poupadores se o STF considerar inconstitucionais as leis e regras que foram utilizadas para corrigir os depósitos.

O problema são os desdobramentos de uma indenização dessa monta. Esse valor passaria de lucro a prejuízo para os bancos, que deixariam de recolher 60 bilhões de reais em imposto de renda e outros tributos, gerando déficit para o Tesouro.

Outra consequência desastrosa. O crédito oferecido pelos bancos ao mercado é de cerca de 9 vezes seu capital. Com a perda de 150 bilhões, o crédito sofreria uma redução de 1,35 trilhões de reais, ou metade do crédito atual.

Descapitalização do sistema financeiro com a consequente insolvência de várias instituições, quebradeira, desemprego, caos.

A revista veja coloca a questão como tendo sido "tratada, nos tribunais, pelo seu lado social, como um embate entre grandes bancos e pequenos investidores". Por outro lado, afirma que o que está em jogo, agora, pelo volume de dinheiro envolvido, "é se o Brasil vai ser jogado em uma crise financeira e fiscal sem precedentes".

A reportagem termina dizendo: "Nos períodos em questão, 2% das cadernetas concentravam mais de 50% das aplicações. Uma decisão temerária (sic) do STF, portanto, vai favorecer os muito ricos, que ganharão à custa do sacrifício da maioria da população".

Vejamos se eu entendi. Então, trata-se de uma decisão que irá favorecer "a zelite", a burguesia opressora, em detrimento da maioria proletária. A alternativa é deixar 150 bilhões de reais, pertencentes aos poupadores, definitivamente nas mãos dos grandes bancos? Quem são os opressores, cara pálida?

Se a correção tivesse sido deixada por conta do livre mercado, não teríamos, agora, tamanho abacaxi para descascar. E nós, os conservadores, somos os fascistas?

Um comentário:

  1. Recebi por email de uma leitora:
    __________________________

    O PT é sabido

    Minha terra tem um congresso
    Recheado de petistas
    Os homens que lá governam
    Não se importam com os de cá

    É tanto rombo no orçamento
    Que já estamos acostumados
    Nosso dinheiro na cueca
    Ficou bem escondido e guardado

    O Leão não é nada manso
    Só quer nos devorar
    Dizendo que salário é renda
    Mete a boca e morde com força
    Que azar!

    Se acreditássemos em Papai Noel
    Saberíamos que tudo ia melhorar
    Mas como o dinheiro é (i)rreal
    Só o banqueiro se dá bem
    Coitado é do pobre e injustiçado

    Ah, já ia me esquecendo
    Os políticos são portadores de necessidades especiais
    Porque não conseguem se locomover
    Sem o dinheiro do povo
    Mas o brasileiro se vira e faz acrobacia
    Para conseguir viver no seu dia a dia
    Conta com a ajuda só de Deus
    E vive ao Deus dará...

    Kathia Steele

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