A Esquerda Brasileira e a Quadratura do Círculo

Já dissemos em outro post que o conservadorismo moderno nasceu da reflexão de grandes pensadores, a exemplo de Edmund Burke, sobre a Revolução Francesa. Sob o pretexto de levar a termo as "barbaridades" cometidas pela aristocracia ou sob seus auspícios, verdadeiras atrocidades foram cometidas, levando à guilhotina tanto aristocratas quanto burgueses e plebeus, acusados de discordarem dos ideais da revolução.

A chave do pensamento conservador sobre a Revolução Francesa reside na palavra "ruptura". Rompeu-se com antigos valores tradicionais da sociedade. Valores que levaram milênios sendo construídos sobre a experiência de gerações sucessivas, que nos antecederam e nos legaram seus conhecimentos acerca da convivência humana.

A própria História, como ciência dos homens no seu tempo - nas palavras de Marc Bloch - demonstra que é o próprio homem que propõe as mudanças necessárias para o desenvolvimento social e as implementa de maneira gradativa, sem romper com os valores fundamentais da ética e da moral.

Segundo Paul Johnson, autor de Modern Times, todas as vezes em que foi tentada uma ruptura do sistema, em nome de "um mundo melhor", o resultado, além de negativo, incluiu o genocídio.

Foi assim com Lenin, Stalin, Kruchev, Mao, Pol Pot, Castro...

Em Cuba, tão cantada em verso e prosa por nossa "intelectualidade", Guevara exercia sua "medicina" observando como estrebuchavam os prisioneiros fuzilados no Paredon de La Cabaña, com total apoio de Fidel e a participação pessoal de Raul Castro.

Em 1932, preocupado com a possibilidade de perder um de seus mais importantes satélites, Stalin ordena a Kaganovich, seu associado, que feche as fronteiras da Ucrânia e confisque todo o suprimento de grãos. Naquele inverno - inferno -, 7 milhões de ucranianos, um terço da população, morreram naquilo que ficou conhecido como Holodomor, a grande fome.

Exemplos não faltam. Estão espalhados por todo o mundo, por onde quer que tenha passado essa ideologia perversa, chamada socialismo. Onde quer que se tenha vivido este sistema insano, reacionários - conservadores, inimigos do povo - pagaram com suas vidas, aos milhões. Qualquer tentativa séria de determinar o número de mortes causado pela esquerda revolucionária, ultrapassará os 100 milhões.

Tentaram a todo custo, reinventar a roda. Uma após a outra, as revoluções romperam com todos os valores morais e éticos, principalmento com aqueles que transcendem a materialidade e o tempo humanos. E em todos os cantos do mundo, o esquerdismo mostrou-se ineficaz e falido.

No Brasil, a esquerda não se contenta em reinventar a roda. Ela precisa demonstrar a Quadratura do Círculo.