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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Cristianismo e Socialismo ou, é possível servir a Deus e a mamom?



Cristianismo e Socialismo ou é, possível servir a Deus e a mamom?


Uma grande amiga perguntou-me qual a fundamentação da afirmação na imagem postada em minha linha do tempo no Facebook.



Bem, para começar, vamos estabelecer conceitos. O Socialismo é uma fase intermediária entre o Capitalismo e o Comunismo, durante a qual o Estado se encarrega de endoutrinar a sociedade para atingir o objetivo final, a ditadura do proletariado. Nesse ponto, o próprio proletariado passa a gerir os meios de produção e o Estado deixa de ser necessário, extinguindo-se gradualmente.
 

Ah, sim, nunca houve um verdadeiro sistema comunista em funcionamento, em nenhum país do mundo. O que houve e o que ainda há é o socialismo ou a tentativa dele. Nunca passaram da fase de transição. Afinal, quem detém o poder absoluto, jamais abrirá mão deste poder, permitindo a extinção do Estado.

 
Dito isto, vamos examinar alguns documentos da Cúria Romana sobre o assunto. Note-se que esta discussão não é nova, remonta ao século XIX.

Em 1846, dois anos antes de Karl Marx e Friedrich Engels publicarem o Manifesto do Partido Comunista, o Papa Pio IX, na encíclica Qui Pluribus, declara: “Para aqui tende essa doutrina nefanda do chamado comunismo, sumamente contrária ao próprio direito natural, a qual, uma vez admitida, levaria à subversão radical dos direitos, das coisas, das propriedades de todos e da própria sociedade humana”.

Após Pio IX, outros papas, em outras encíclicas, condenariam o comunismo. Em 1937, o Papa Pio XI, na encíclica Divini Redemptoris, analisa o materialismo evolucionista de Marx, aponta o liberalismo (também chamado progressismo) como facilitador do comunismo. Aponta as tragédias ocorridas na Rússia, no México e na Espanha, por conta da ideologia marxista.

Pio XI também refuta a pregação de bolcheviques e ateus que apresentam o comunismo como o “novo evangelho e mensagem salvadora de redenção”, oposto à doutrina cristã da Revelação Divina e à razão humana; sistema que, por destruir os fundamentos da sociedade, subverter a ordem social... que rejeita enfim e nega os direitos, a dignidade e a liberdade da pessoa humana.

Não sem razão, Pio IX e Pio XI acusam o comunismo de subverter a ordem natural da sociedade. Recorrendo ao Manifesto Comunista:

“A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes”.
“Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, tem vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária, da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta”.
“A sociedade divide-se cada vez mais em dois vastos campos opostos, em duas grandes classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado”.

A luta de classes, segundo Marx, é visceralmente humana. Não há, segundo ele, momento na existência das sociedades em que não houvesse dita luta.
Vejamos como o marxismo entende a família.

“A burguesia rasgou o véu de sentimentalismo que envolvia as relações de família e reduziu-as a simples relações monetárias”.

Se a burguesia é acusada por Marx de reduzir a relação familiar a simples relação monetária, por outro lado, o marxismo propõe a extinção da família “burguesa”, que seria devidamente substituída por uma “família” reduzida a simples relações sexuais.

“Nossos burgueses, não contentes em ter à sua disposição as mulheres e as filhas dos proletários, sem falar da prostituição oficial, têm singular prazer em cornearem-se uns aos outros”.
“O casamento burguês é, na realidade, a comunidade das mulheres casadas. No máximo, poderiam acusar os comunistas de querer substituir uma comunidade de mulheres, hipócrita e dissimulada, por outra que seria franca e oficial”.

Neste ponto, podemos afirmar que não houve equívoco da parte de Marx. Houve, sim, má fé. Richard Wurmbrand (1909-2001), escritor e pastor evangélico romeno, que reuniu os escritos de juventude de Marx, cita uma sentença de fundamental importância para a compreensão dos objetivos marxistas: Desejo me vingar d’Aquele que governa lá em cima. Meu objetivo na vida é destronar Deus e destruir o capitalismo. A supressão dos direitos de Deus e do homem é, assim, o objetivo final de Karl Heinrich Marx.

Mas Marx não trai apenas os ideais cristãos. Nascido Moses Mordecai Levi, seu verdadeiro nome judeu, ele trai também o seu próprio povo de origem. Afinal, o Deus dos cristãos é o mesmo Deus de Abraão, Isaac e Jacó.

Na verdade, todo o sistema marxista é voltado para a demolição da moral judaico-cristã, um dos pilares da civilização ocidental. Destruída a família, cai a moral conservadora e em seu lugar são institucionalizados os comportamentos progressistas.

De uma civilização ocidental baseada na moral judaico-cristã, passaríamos a uma “civilização” baseada nos comportamentos ditados pelo estado coletivista anticristão.

Em 1949, durante o papado de Pio XII, no contexto das eleições gerais italianas, diante da coalisão de socialistas e comunistas que visava derrotar Democracia Cristã, comandada por Alcide de Gasperi, o Santo Ofício, hoje chamado de Congregação para a doutrina da Fé, publica o Decreto contra o Comunismo, confirmando a excomunhão automática ipso facto (ou latae sententiae) de todos os católicos que, conscientemente, defendessem abertamente o comunismo ou colaborassem com organizações comunistas e afins, tornando-se, dessa maneira, em apóstatas.

Sem querer estender, nem esgotar o assunto, muito menos prosseguir em uma discussão teológica, gostaria de citar o exemplo do Holodomor (em ucraniano: Голодомор – a Grande Fome). Recomento o site http://www.holodomorct.org/history.html, sobre o assunto. Resumidamente:

A questão é a seguinte: se temos pão, temos poder soviético. Se não temos pão, o poder soviético acabará por desaparecer. Atualmente, quem tem o pão? São os camponeses ucranianos reacionários e os cossacos reacionários do Kuban. Não no irão dar o pão de livre vontade. Terá de lhes ser retirado”.
Viatcheslav Molotov, dirigente da Internacional Socialista e membro do Politiburo

Final de 1932. Stalin ordena a seu associado Lazar Kaganovitch que feche as fronteiras da Ucrânia e confisque todos os grãos da safra e implemente um sistema de caderneta de alimentação – ao estilo da ainda existente em Cuba – para os camponeses “reacionários”. No inverno de 32/33, ucranianos estavam morrendo à razão de 25.000 por dia. Mais da metade era de crianças. O Holodomor terminou com 10 milhões de ucranianos mortos pela fome. Em 28 de novembro de 2006, o Verkhovna Rada (Parlamento da Ucrânia) aprovou um decreto definindo o Holodomor como um Ato deliberado de Genocídio.

Para aqueles que se interessarem em se aprofundar no conhecimento da barbárie comunista, um bom começo é a aquisição do filme The Soviet Story, no site http://www.sovietstory.com/.

O Livro Negro do Comunismo – Crimes, terror e repressão, disponível para download aqui, contabiliza mais de 100 milhões de mortes causadas por esse sistema que tenta criar uma sociedade igualitária por meio da mão forte do Estado. Boa leitura.

Por isso, cristão que se diz socialista é como judeu que se diz nazista. Bem, Moses Mordecai Levi era comunista. Mas é sabido que Marx declarou a Engels que nunca foi marxista.

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