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sábado, 29 de junho de 2013

A escolha do Brasil

Deparei-me com este texto no site de Pe. Paulo Ricardo (http://padrepauloricardo.org) e decidi reproduzi-lo aqui no blog. Trata-se de uma análise bastante meticulosa acerca da atual conjuntura nacional. Chegamos a uma encruzilhada, mas como o curso da História não para, devemos fazer nossa escolha agora.

O texto começa por uma curta descrição da Revolução Francesa. Não por acaso, foi esse processo revolucionário que deu origem ao pensamento conservador na Grã-Bretanha de Edmund Burke. Com sua obra Reflections on the revolution in France, Burke e outros grandes pesadores da época, nos levam a conclusão de que existem certas verdades permanentes que regem a conduta da sociedade humana. E, por serem permanentes, não podem ser alteradas.

Mas, diante do texto em questão, minhas opiniões são desnecessárias. Boa leitura!
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| Categoria: Sociedade

A escolha do Brasil


Só há uma solução para o Brasil e ela passa por aquela premissa estabelecida pelo Papa Bento XVI na Encíclica Deus Caritas Est: "um governo sem princípios morais não passa de uma quadrilha de malfeitores".
A Revolução Francesa que sacudiu a Europa no final do século XVIII não foi um fenômeno espontâneo devido às péssimas circunstâncias sociais da época, mas um processo planejado, cuja meta era uma só: derrubar a monarquia e, consequentemente, a Igreja Católica. Logo que o rei da França decidiu convocar os Estados Gerais - o parlamento - a fim de resolver os problemas referentes aos impostos, a burguesia passou a redigir uma Constituição e com ela, os pressupostos para o golpe. O final dessa história todos já conhecem: do liberté, egalité et fraternité, chegou-se à guilhotina.
Qualquer semelhança com o que ocorre no Brasil há quase um mês não é mera coincidência. Trata-se da mesma lógica revolucionária de outrora que usa o furor das massas para conquistar suas metas. Apesar da heterogeneidade dos grupos que marcham país afora - e das pautas desconexas - todo esse movimento está sendo cooptado por grupos esquerdistas dedicados à implantação do socialismo em terras brasileiras. Negar isso é vendar os olhos e brincar de cabra cega, saindo à procura de um alvo que não se sabe de onde veio, nem como chegou onde está.
Há mais de uma década o filósofo Olavo de Carvalho denuncia a ação do Foro de São Paulo na América Latina e as suas estratégias subversivas. Para se ter ideia do naipe das figuras que compõem essa organização, num dos encontros em 2008, um dos palestrantes não hesitou em prestar condolências ao então chefe da narcotraficante e terrorista FARC, morto no mesmo ano pelo exército colombiano. É mais ou menos como prestar condolências à Al-Qaeda pela morte de Osama Bin Laden. E embora esses fatos sejam públicos, faz-se um silêncio sepulcral a respeito, enquanto os partidos filiados a essa agência socialista vão ocupando os espaços e disseminando o caos na sociedade.
É bem verdade que o povo que está nas ruas é maciçamente contrário à presença das siglas políticas, mas isso não impede a presença de militantes esquerdistas que apregoam pautas que não estão no itinerário da maior parte da população. Assim, aproveitam-se dos números para empurrarem projetos totalmente imorais e absurdos. Veja, por exemplo, a publicação no site da Câmara dos Deputados a respeito de uma reunião que pretende tratar, entre outras coisas, da afirmação da laicidade do Estado contra o Estatuto do Nascituro. Ora, quem mais defenderia isso a não ser as velhas militâncias esquerdistas e anticlericais? Destarte, uma Constituinte para reforma política, como propôs a presidente Dilma Rousseff, é uma oportunidade ímpar para sepultar de vez o que ainda resta de moral cristã no Brasil, pois, quem mais faria essa reforma senão os que já detêm o monopólio do poder?
O Foro de São Paulo e seus militantes estão nas ruas junto ao povo para criar instabilidade. Eles querem mais poder, mais socialismo. E a população que engrossa as suas fileiras, achando que está protestando contra a corrupção e tudo isso que está aí, nada mais faz que servir de caixa de ressonância para bandeiras que nem de longe a representam. Se o protesto é contra a corrupção, porque até agora não se levantou cartazes pedindo a prisão dos mensaleiros e uma auditoria dessa organização criminosa que é o Foro de São Paulo? Por que, como se diz no velho ditado, não se tem dado nome aos bois? Para que a corrupção exista, é preciso que alguém a pratique.
Só há uma solução para o Brasil e ela passa por aquela premissa estabelecida pelo Papa Bento XVI na Encíclica Deus Caritas Est: "um governo sem princípios morais não passa de uma quadrilha de malfeitores". Se a nação brasileira de fato pretende reconstruir o país, urge, em primeiro lugar, solidificar as bases que o sustentam, ou seja, os princípios inegociáveis da lei natural: o direito à vida desde a concepção até a morte natural, o matrimônio indissolúvel entre um homem e uma mulher e o direito à educação dos filhos. Urge, portanto, tirar do poder o ideal socialista - e com ele seus propugnadores - que há mais de um século perverte e mata sociedades inteiras. O Brasil deve fazer uma escolha. "Vede: proponho-vos hoje bênção ou maldição" (Cf. Dt 11, 26). Fazer-se de marionete nas mãos dos radicais esquerdistas, ou desmascarar de uma vez por todas essa ideologia perversa e, assim, mostrar que realmente "o gigante acordou".

http://padrepauloricardo.org/blog/a-escolha-do-brasil

quarta-feira, 26 de junho de 2013

A IMPERMEABILIDADE METAFÍSICA DO IDIOTA

Por Sidney Silveira*
O genuíno idiota só consegue ter certezas coletivas.

As suas verdades são de caráter numérico, razão pela qual sente-se psicologicamente confortável apenas no rebanho a que adere.

O idiota sempre eleva a opinião da maioria ao plano das verdades intocáveis, daí ser pessoa incapaz de real diálogo e grandemente intolerante para com as objeções ou o convívio com os desiguais. Ele conduz qualquer discussão a uma infernal mistura de premissas e assuntos diversos, que reunidos compõem uma massa amorfa e avassaladora à qual é impossível responder detidamente.

O idiota é o homem-massa que idolatra a si mesmo ao querer pasteurizar tudo e todos à sua imagem e semelhança.

Qualquer certeza — por fundamentada que seja — proclamada por alguém de fora de seu grupo é tida pelo idiota como pretensão desmedida, a ser escarnecida de todas as formas.

O espírito de grupo do idiota é a prova material de sua incapacidade de elevar-se ao nível das certezas teoréticas, fruto de reflexões continuadas e paciente estudo. Seu ódio à excelência costuma esconder-se por trás das bandeiras "democráticas" com que tem a sensação vertiginosa do heroísmo e da superioridade moral e intelectual sobre os adversários.

Opinar contrariamente às evidências é prática comum do idiota, razão pela qual o melhor que uma pessoa de bom senso deve fazer é não prosseguir jamais na discussão com ele.

Seria idiotice imperdoável.

O idiota é a prova cabal do mistério que há entre o céu e a terra.
*Sidney Silveira é jornalista, professor, filósofo e convidado do blog Távola Redonda.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sobre as Manifestações

Este texto, escrito pelo Gen Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, foi retirado do Informativo Especial nº 7, da ARENA - Aliança Renovadora Nacional, novo partido político que se apresenta como uma organização conservadora de direita, ainda em fase de registro definitivo no TSE.
ARENA - Informativo Especial nº 7

Sobre as Manifestações
Volta e meia, brasileiros desiludidos com os rumos caóticos que o desgoverno tem traçado para o País na busca da sua total dominação, comentam desairosos sobre a falta de atitude dos militares.
Apegados ao pensamento de que a esbórnia ultrapassou os limites, julgam que um poder moderador deveria expulsar a canalhada.
As Forças Armadas, segundo eles, seria o último bastião, visto que a sociedade bolsista abonada com maracutaias eleitoreiras, dificilmente adotará qualquer medida em prol de um Brasil democrático, principalmente, se isto lhe custar a perda de algum beneficio.
Contudo, pela falta de um mínimo de esforço das instituições militares preservarem os seus próprios princípios, julgam eles, elas não têm a menor intenção de salvaguardar os destinos da Nação.
Assim, é de julgar - se que mesmo não tendo razão, a esperança daqueles brasileiros é infundada. Sua expectativa não é impossível, mas é improvável.
Indubitavelmente, os chefes militares devem perceber esta
expectativa, e o PT também.
Quanto aos chefes militares, provavelmente diante de todas as pressões, a cada dia dormem com o pesadelo dos preocupados.
A Contrarrevolução de 31 de março de 1964 e os resultados funestos para aquela heroica ação no atual cenário tornaram - se uma pesada acusação para os então bem intencionados chefes militares.
Na atualidade, as injustiças levam a qualquer autoridade militar a pensar muitas vezes, se valerá a pena um novo sacrifício. O povo brasileiro merece ou mereceu o esforço?
Contudo, o outro lado, temeroso, também se prepara, caso aja uma mudança de cenário, e temos assistido a um tremendo esforço no treinamento das forças que o PT pretende mobilizar, caso pressinta que poderá ser obstado em suas pretensões.
Recentemente, a Força Nacional de Segurança (FNS) tornou - se o braço armado do desgoverno em caso de necessidade. No âmbito legal da ilegalidade, recordem da elevação da sua capacidade de atuar em todo o território nacional e a malta de autoridades (hoje, além dos governadores, todos os ministros, o que fere a autonomia dos estados, prevista no pacto federativo!) com prerrogativas de solicitar o seu emprego.
O esforço da Comissão da Verdade e a criação de Grupo de Trabalho para atuar nos quartéis demonstram que o desgoverno pretende matar o mal pela raiz. Os porcos selvagens têm que ser encurralados, é a ordem da cúpula.
Observem a mobilização nas universidades que açulam jovens para atuar de forma agressiva, à mobilização "em força"' de diversas entidades, como o MST, as indígenas, os movimentos sindicalistas cada vez mais destrutivos, os em prol da liberação das drogas, etc.
Prestem atenção à exacerbação dos mais diversos movimentos, como o "pelo passe livre" que assolou São Paulo com o caos, nos dão uma amostra do que acontecerá quando o desgoverno determinar que seus instrumentos armados saiam às ruas.
Sim, os mais céticos entendem que de fato a força bruta da tirania está em fase de treinamento, e contará, inclusive, com bandos de bandidos armados, como ocorreu em Santa Catarina na quebra da ordem publica, queimando ônibus e atemorizando a população.
Futuramente, para sobrepor - se a tudo, o desgoverno, demonstrando quem realmente manda, determinará aos seus instrumentos de pressão que parem a Nação.
Por tudo, alguns julgam que se os militares não reagirem diante do descalabro, a solução para os que não admitem tal estado de coisas é pedir para serem fuzilados em praça pública ou exilados para alhures, por que aqui será impossível viver.
Brasília, DF, 16 de Junho de 2013.
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

terça-feira, 18 de junho de 2013

De como destruir as instituições democráticas ou Já vi esse filme antes



As manifestações ocorridas nos últimos dias são a expressão legítima dos anseios do povo por melhores condições de vida. Embora tenham começado com o protesto contra o aumento das passagens de ônibus na cidade de São Paulo, contagiou o povo e trouxe à tona toda a insatisfação, a revolta mesmo contra a bancada de negócios, ou seria melhor dizer negociatas(?), em que se transformou a política brasileira.

O grande problema nessa história é certo tipo de discurso a que os gregos clássicos definiam como sendo a “arte de falar aquilo que toca na emoção do interlocutor” e, em grego, seu nome era demagogia (δημαγωγία). Todos os filósofos gregos advertiam o povo sobre o perigo de a democracia ser contaminada pela demagogia.

Mas em que consiste a demagogia? Segundo Aristóteles, em sua obra A Política, a demagogia era a corrupção da democracia, mediante a manipulação das paixões e dos sentimentos do eleitorado, ao utilizar-se o apelo a metas ilusórias e insustentáveis.

O próprio motor inicial do movimento, o passe livre, é uma falácia. Afinal, “não há jantar grátis”. Alguém tem que pagar por ele. E o pagamento pela passagem grátis seria efetuado com verba pública. Como o governo não produz, não gera riqueza, essa verba viria, inexoravelmente, daquilo que foi pago pelo contribuinte. Ou se aumentam os impostos, ou se retiram de outras destinações que, por consequência, seriam prejudicadas. De qualquer forma, o povo pagaria o aumento das passagens. Com uma agravante, não se teria mais o controle do real custo do transporte público.

Mas isso não era a meta desejada. Foi apenas o impulso inicial para despertar o povo de sua inércia e jogá-lo numa sucessão de reivindicações justas, perfeitas, porém, contaminadas. Contaminadas por uma pequena minoria a soldo daqueles que se interessam na criação do caos social para, em seguida, apresentar(em)-se como salvador(es) da Pátria, desde que investido(s) de poderes discricionários — Jânio Quadros já havia tentado isso mas, felizmente, deu com os burros n’água. É nessa altura que o povo vê destruídas as instituições democráticas. Garantias individuais constitucionais são suspensas, para o “bem” da coletividade. Diante do caos, eleições são adiadas sine die. A mídia passa a estar sob o “controle social”.

Já vimos esse filme antes, em preto e branco, já que a memória do povo apagou suas cores. E estamos a assistir a sinopse da “refilmagem” dessa história, desta vez, ao vivo e a cores. Urge que a sociedade acorde para o perigo que estamos enfrentando. Ou impedimos os baderneiros e agitadores de conseguirem seu intento, ou estamos fadados a vermo-nos aprisionados na destruição do estado de direito e das instituições democráticas.

“A política é o cuidado com o bem comum, a vigilância sobre os caminhos da sociedade como um todo, sem adesão parcialista à vontade de grupos ou classes”.
Aristóteles

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Uma imagem vale mais que mil palavras!


O GRANDE SALTO DO PT EM 2013

Vejam o vídeo abaixo. Voltem para a leitura após a propaganda do PT.
O Grande Salto do PT
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Vocês sabem a diferença entre “propaganda” e “publicidade”?

A publicidade tem o objetivo de vender um produto, uma mercadoria. A propaganda intenta vender uma ideologia. Assim, Paul Joseph Goebbels foi nomeado Ministro da Propaganda de Adolf Hitler. E ele vendeu muito bem a ideologia nazista.

O vídeo que vocês assistiram é uma peça de propaganda. Não sabemos, exatamente, quem é ou quem são os “goebbel’s” do PT. Mas não há dúvidas quanto à ideologia totalitarista do partido dos mensaleiros. A propaganda não deixa dúvidas quanto ao que nos aguarda no futuro próximo. Haja vista a nomeação de Luís Roberto Barroso como o novo Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Barroso, entre outras atrocidades, declarou na sabatina perante o Senado Federal que, entende que as cláusulas pétreas da Constituição Federal podem ser analisadas com mais flexibilidade; que o STF pode rever sua decisão com relação à Lei da Anistia, em virtude de sua nova composição, e; que, embora não tenha conhecimento do teor da Ação Penal 470 (julgamento do mensalão), vai participar da fase recursal. Oras, sabemos que Barroso é amigo de Dirceu. Alguma dúvida sobre seu voto nos recursos da A.P. 470? Alguma dúvida sobre o que ele pretende com relação às cláusulas pétreas da CF ou à Lei da Anistia?

Luís Roberto Barroso é um dos atalhos do PT para o totalitarismo vermelho.

A SEMIÓTICA DOS ZUMBIS: A "SEGUNDA-FEIRA BRANCA" E O FALSO DESPERTAR DAS CONSCIÊNCIAS

O que une ou dispersa as massas é sempre o impulso de algo não representável com clareza, espécie de força cega que agrega os indivíduos ao modo de justaposição acidental, ou seja: dá-lhes certa vertigem de unidade epidérmica, superficial, que não resistiria a uma inquirição mais aprofundada, pois o pressuposto básico da verdadeira unidade jamais pode sustentar-se em algo tão divisível ou multiplicável quanto o agregado numérico de uma multidão vociferante. Em suma, indignação política feita com palavras de ordem altissonantes — entoadas por pessoas adestradas por reflexos condicionados a slogans — sempre foi, historicamente, o fermento perfeito para trocar uma situação ruim por outra pior.

A violenta espontaneidade da massa traz consigo o furor irrefreável de prevalecer, crescer a qualquer custo, continuamente imantando novos elementos, mesmo que estes não tenham a clara consciência da bússola à qual aderem, e o melhor mesmo é não terem. Como escrevera Elias Canetti em “Massa e Poder” — livro fundamental para quem queira olhar a situação presente no Brasil com mínima argúcia —, a massa aberta existe enquanto irracionalmente cresce, e a sua desintegração começa quando deixa de crescer. Acrescentaríamos nós: a massa faz-se e desfaz-se com a plasticidade das meias idéias, dos ideais fabricados. Num dia destrói coisas, faz grande barulho, e logo é notícia de jornal velho, bom para embalar peixe. No entanto, não raro os malefícios deixados por essas massas teleguiadas deixam seqüelas anticivilizacionais insanáveis a longo prazo.

É evidente que os contemporâneos engenheiros sociais aprenderam muito com as lições do passado, e hoje dispõem de técnicas para catalisar as insatisfações da massa e utilizá-las em benefício dos seus objetivos de poder, ou melhor, de manutenção no poder. E mais: como o padrão de consciência crítica do povão é próximo a zero, é possível a qualquer governo maquiavélico, como o atual do PT, inventar uma oposição ilusória ao “status quo”, falsamente apartidária, para manter-se no comando — com o trabalho, por exemplo, de movimentos como o “Passe Livre”, que está por trás das manifestações de “revolta” contra os preços das passagens dos transportes públicos e, segundo noticiou o jornalista Reynaldo Azevedo, é indiretamente bancado pelo Ministério da Cultura e pela Petrobras, via Lei Rouanet. A retirada de informações no site da ONG que banca o “Passe Livre” e as explicações da Petrobras foram como batom na cueca. Mas somemos a tais coisas o luxuoso auxílio da “oposição” de partidos como o PSOL e o PSTU, que ao fim e ao cabo ajudam a manter as coisas impermeáveis a qualquer oposição verdadeira.

No que tange aos organizadores de eventos como os que vêm sacudindo o país, trata-se de gente paga para revoltar-se e protestar. Ora, venhamos e convenhamos: revoltosos remunerados são muito mais eficientes para arregimentar novos soldados! Mas não quaisquer soldados, e sim aqueles do lupemproletariado de que falava Marx, com a diferença que os novos “lupem” são de classe média, alguns até de classe média alta, como é claramente perceptível nos vídeos hoje disponíveis no Youtube e nas redes sociais a respeito dos tristes acontecimentos recentes, no Rio e em São Paulo.

Graças à espertíssima elite que hoje nos (des)governa, o Estado brasileiro transformou-se numa grandiloqüente obra de arte manipuladora das massas. Ele está ali por trás, manietando inocentes ou idiotas úteis que têm a vertigem, a sensação ilusória de protestar contra o governo, contra o lastimável estado de coisas, o qual será mantido, tenhamos a mais absoluta e acachapante certeza!

A “segunda-feira branca” de hoje estampará as manchetes dos jornais de amanhã, dominará totalmente o noticiário seja qual for o seu resultado prático — com ou sem violência. Terá um lacrimogêneo efeito cênico sobre a população em geral, catarse física exercida pelas massas em frêmito sobre os indivíduos que precisam de uma ideologia para viver. Mas passará despercebido da maioria o fato de que essa "segunda-feira branca" tem como motor a mais fina demagogia política que apaga as consciências e as torna escuras, débeis, sem luz.

E faz isto direcionando-as a algo que está muito abaixo das verdades, dos princípios e das ações que verdadeiramente poderiam mudar o panorama.

Sidney Silveira / Convidado do Távola "Quadrada"