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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Ser ou não Ser... humano?

Pergunto: Quem é humano e quem não é, nessa história? Eu sou CONSERVADOR!

REACIONÁRIO é aquele que, por estupidez ou má fé, reage contra a vida e argumenta a favor do aborto.


O Exército Brasileiro engaja-se na luta cultural.

Foto de capa da Página Oficial do EB no Facebook
É necessário que colaboremos para divulgar essa iniciativa e, juntos, quebrarmos a hegemonia cultural gramsciana.
Precisamos fazer o povo compreender a natureza do militarismo e a necessidade de termos nossas Forças Armadas devidamente prestigiadas.
Exército Brasileiro - Mão Amiga, Braço Forte! 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Revista Época - A base de treinamento da guerrilha urbana

Nosso amigo, Sidney Silveira, comenta sobre as "manifestações populares" dos últimos dias, semanas. É questão de bom senso que se preste toda atenção à lógica dos acontecimentos.
"Você que há um mês contribuía ordeiramente com a desordem e o caos social, ao engrossar as fileiras das "manifestações" políticas que sacudiram o país — crendo estupidamente na espontaneidade da coisa —, junte dois neurônios (apenas dois!) e monte o quebra-cabeças da revolução em curso. O texto abaixo é apenas mais um dado, dentre tantos que perfazem o óbvio ululante.

E lembre-se: historicamente as revoluções devoram os idiotas úteis que as ajudam a erguer-se.

Minha tristeza não será ir para o "paredón" daqui a algum tempo — o que muito me honrará. Mas, se isto acontecer, minha tristeza será ter alguém como você ao meu lado".
Sidney Silveira, será uma honra estar no "pardón" ao seu lado.
Época - A base de treinamento da guerrilha urbana 

A base de treinamento da guerrilha urbana

Anarquistas dos protestos se reúnem no MT para fazer coquetel molotov

LEONEL ROCHA
28/07/2013 15h00 - Atualizado em 29/07/2013 19h23

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GLADIADORES É assim que se autoproclamam os anarquistas das manifestações (Foto: Felipe Dana/AP)
Primeiro, a ONG Defensoria Social espalhou voluntários pelo país para defender
manifestantes presos por vandalismo. Agora, os anarquistas também recebem treinamento de instrutores experientes. Nos fins de semana, os jovens se reúnem em cidades de Mato Grosso para fazer coquetel molotov e escudo de madeirite e produzir líquidos que anulam o efeito do gás lacrimogêneo. Nesses encontros, eles escolhem bancos e empresas multinacionais como alvos de depredação. Participam dessas reuniões os anarquistas Anonymous, Anarcopunk e Acción Directa, ex-militantes do MST, alguns dissidentes das Farc e remanescentes da guerrilha uruguaia Tupamaros e da Central Operária Boliviana. Os próximos atos de vandalismo como ação política estão previstos para o desfile de 7 de setembro e o Rock in Rio.
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Sidney Silveira é jornalista, professor e filósofo. Este blog deve muito à sua colaboração.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Brasil vê renascimento de movimentos políticos conservadores

Na reportagem Rio vê renascimento de movimentos políticos conservadores, O Globo comete três grandes equívocos.

O primeiro foi associar o movimento integralista ao ressurgimento do pensamento conservador. É importante frisar que o integralismo não está "ressurgindo dos mortos", mas é a continuidade da Frente Integralista de Plínio Salgado, do início da década de 1930. Mesmo porque um movimento que prega a extinção dos partidos políticos e a instituição de um estado baseado nas corporações de ofício, a intervenção estatal na atividade econômica do país, não pode, de modo algum, ser considerado conservador.

Os segundo e terceiro equívocos foram colocar a ARENA - Aliança Renovadora Nacional como a "legenda que deu apoio à ditadura militar no Brasil" e restringi-la ao Rio de Janeiro. Atualmente, a ARENA já mantém diretórios regionais em mais da metade dos estados brasileiros.

A atual ARENA nada tem a ver com aquela que representou a situação durante o regime militar. É um partido novo, fundado por jovens que nasceram após o processo de redemocratização nacional, que prega, em seu estatuto, a pluralidade partidária, o diálogo democrático e o combate a qualquer tentativa de hegemonia política.

A ideologia arenista é baseada na máxima aristotélica da política como "o cuidado com o bem comum, a vigilância sobre os rumos da sociedade como um todo e jamais a adesão parcialista à vontade de grupos ou classes".


Melhor teria feito o jornalista Fábio Vasconcellos colocando as coisas em seu devido lugar, em duas matérias distintas.

Cristianismo e Socialismo ou, é possível servir a Deus e a mamom?



Cristianismo e Socialismo ou é, possível servir a Deus e a mamom?


Uma grande amiga perguntou-me qual a fundamentação da afirmação na imagem postada em minha linha do tempo no Facebook.



Bem, para começar, vamos estabelecer conceitos. O Socialismo é uma fase intermediária entre o Capitalismo e o Comunismo, durante a qual o Estado se encarrega de endoutrinar a sociedade para atingir o objetivo final, a ditadura do proletariado. Nesse ponto, o próprio proletariado passa a gerir os meios de produção e o Estado deixa de ser necessário, extinguindo-se gradualmente.
 

Ah, sim, nunca houve um verdadeiro sistema comunista em funcionamento, em nenhum país do mundo. O que houve e o que ainda há é o socialismo ou a tentativa dele. Nunca passaram da fase de transição. Afinal, quem detém o poder absoluto, jamais abrirá mão deste poder, permitindo a extinção do Estado.

 
Dito isto, vamos examinar alguns documentos da Cúria Romana sobre o assunto. Note-se que esta discussão não é nova, remonta ao século XIX.

Em 1846, dois anos antes de Karl Marx e Friedrich Engels publicarem o Manifesto do Partido Comunista, o Papa Pio IX, na encíclica Qui Pluribus, declara: “Para aqui tende essa doutrina nefanda do chamado comunismo, sumamente contrária ao próprio direito natural, a qual, uma vez admitida, levaria à subversão radical dos direitos, das coisas, das propriedades de todos e da própria sociedade humana”.

Após Pio IX, outros papas, em outras encíclicas, condenariam o comunismo. Em 1937, o Papa Pio XI, na encíclica Divini Redemptoris, analisa o materialismo evolucionista de Marx, aponta o liberalismo (também chamado progressismo) como facilitador do comunismo. Aponta as tragédias ocorridas na Rússia, no México e na Espanha, por conta da ideologia marxista.

Pio XI também refuta a pregação de bolcheviques e ateus que apresentam o comunismo como o “novo evangelho e mensagem salvadora de redenção”, oposto à doutrina cristã da Revelação Divina e à razão humana; sistema que, por destruir os fundamentos da sociedade, subverter a ordem social... que rejeita enfim e nega os direitos, a dignidade e a liberdade da pessoa humana.

Não sem razão, Pio IX e Pio XI acusam o comunismo de subverter a ordem natural da sociedade. Recorrendo ao Manifesto Comunista:

“A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes”.
“Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, tem vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária, da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta”.
“A sociedade divide-se cada vez mais em dois vastos campos opostos, em duas grandes classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado”.

A luta de classes, segundo Marx, é visceralmente humana. Não há, segundo ele, momento na existência das sociedades em que não houvesse dita luta.
Vejamos como o marxismo entende a família.

“A burguesia rasgou o véu de sentimentalismo que envolvia as relações de família e reduziu-as a simples relações monetárias”.

Se a burguesia é acusada por Marx de reduzir a relação familiar a simples relação monetária, por outro lado, o marxismo propõe a extinção da família “burguesa”, que seria devidamente substituída por uma “família” reduzida a simples relações sexuais.

“Nossos burgueses, não contentes em ter à sua disposição as mulheres e as filhas dos proletários, sem falar da prostituição oficial, têm singular prazer em cornearem-se uns aos outros”.
“O casamento burguês é, na realidade, a comunidade das mulheres casadas. No máximo, poderiam acusar os comunistas de querer substituir uma comunidade de mulheres, hipócrita e dissimulada, por outra que seria franca e oficial”.

Neste ponto, podemos afirmar que não houve equívoco da parte de Marx. Houve, sim, má fé. Richard Wurmbrand (1909-2001), escritor e pastor evangélico romeno, que reuniu os escritos de juventude de Marx, cita uma sentença de fundamental importância para a compreensão dos objetivos marxistas: Desejo me vingar d’Aquele que governa lá em cima. Meu objetivo na vida é destronar Deus e destruir o capitalismo. A supressão dos direitos de Deus e do homem é, assim, o objetivo final de Karl Heinrich Marx.

Mas Marx não trai apenas os ideais cristãos. Nascido Moses Mordecai Levi, seu verdadeiro nome judeu, ele trai também o seu próprio povo de origem. Afinal, o Deus dos cristãos é o mesmo Deus de Abraão, Isaac e Jacó.

Na verdade, todo o sistema marxista é voltado para a demolição da moral judaico-cristã, um dos pilares da civilização ocidental. Destruída a família, cai a moral conservadora e em seu lugar são institucionalizados os comportamentos progressistas.

De uma civilização ocidental baseada na moral judaico-cristã, passaríamos a uma “civilização” baseada nos comportamentos ditados pelo estado coletivista anticristão.

Em 1949, durante o papado de Pio XII, no contexto das eleições gerais italianas, diante da coalisão de socialistas e comunistas que visava derrotar Democracia Cristã, comandada por Alcide de Gasperi, o Santo Ofício, hoje chamado de Congregação para a doutrina da Fé, publica o Decreto contra o Comunismo, confirmando a excomunhão automática ipso facto (ou latae sententiae) de todos os católicos que, conscientemente, defendessem abertamente o comunismo ou colaborassem com organizações comunistas e afins, tornando-se, dessa maneira, em apóstatas.

Sem querer estender, nem esgotar o assunto, muito menos prosseguir em uma discussão teológica, gostaria de citar o exemplo do Holodomor (em ucraniano: Голодомор – a Grande Fome). Recomento o site http://www.holodomorct.org/history.html, sobre o assunto. Resumidamente:

A questão é a seguinte: se temos pão, temos poder soviético. Se não temos pão, o poder soviético acabará por desaparecer. Atualmente, quem tem o pão? São os camponeses ucranianos reacionários e os cossacos reacionários do Kuban. Não no irão dar o pão de livre vontade. Terá de lhes ser retirado”.
Viatcheslav Molotov, dirigente da Internacional Socialista e membro do Politiburo

Final de 1932. Stalin ordena a seu associado Lazar Kaganovitch que feche as fronteiras da Ucrânia e confisque todos os grãos da safra e implemente um sistema de caderneta de alimentação – ao estilo da ainda existente em Cuba – para os camponeses “reacionários”. No inverno de 32/33, ucranianos estavam morrendo à razão de 25.000 por dia. Mais da metade era de crianças. O Holodomor terminou com 10 milhões de ucranianos mortos pela fome. Em 28 de novembro de 2006, o Verkhovna Rada (Parlamento da Ucrânia) aprovou um decreto definindo o Holodomor como um Ato deliberado de Genocídio.

Para aqueles que se interessarem em se aprofundar no conhecimento da barbárie comunista, um bom começo é a aquisição do filme The Soviet Story, no site http://www.sovietstory.com/.

O Livro Negro do Comunismo – Crimes, terror e repressão, disponível para download aqui, contabiliza mais de 100 milhões de mortes causadas por esse sistema que tenta criar uma sociedade igualitária por meio da mão forte do Estado. Boa leitura.

Por isso, cristão que se diz socialista é como judeu que se diz nazista. Bem, Moses Mordecai Levi era comunista. Mas é sabido que Marx declarou a Engels que nunca foi marxista.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Querido Papai Noel



Lendo o artigo A EsquizofreniaProgressista do Dr. Bagno, no blog da Juventude Conservadora da UNB, entendi o posicionamento deste biltre a respeito da ARENA. Vide carta endereçada a Papai Noel, de autoria do Prof. Dr. Marcos Araujo Bagno:

 A Universidade foi legada à humanidade pela Igreja Católica, visando à formação integral do homem, comprometida com a busca pela verdade. Esta, somente poderia ser alcançada pela compreensão da realidade, de modo honesto, abrindo mão de interesses pessoais. Pois eis que a Universidade foi, sistematicamente, desconstruída, aviltada, vilipendiada pelo pensamento progressista.

Atualmente, salvo raras e dignas exceções, universitários são produto e exemplo da excrescência em que se transformou a docência universitária. São, em última análise o produto, não de uma loucura, mas de um método desenvolvido por indivíduos profundamente desonestos, que se utilizam do ensino, a quem travestem de “educação”, como instrumento de adulteração barata, porém eficiente, do pensamento daqueles que deveriam ser instruídos. E não são raros os casos de indivíduos que assumem esse papel absolutamente oposto ao de um verdadeiro docente. Eis o que pensa o Dr. Bagno sobre a Juventude Conservadora da UNB:


O Dr. Marcos Araujo Bagno é um desses tipos. Mas ele não é exclusividade da UNB.
Na UNILASSALE RJ em Niterói, instituição católica, há vários desses tipos. O Dr. Rafael Araujo, professor de História Contemporânea e História do Brasil, pensa, por exemplo, que a Intentona Comunista foi um movimento tão pequeno e de tão pouca importância, que não merece ser discutido em aula. Melhor seria, segundo ele, discutir a retirada do Crucifixo dos recintos das repartições públicas. Mas isso fica para outra ocasião.
Voltando ao Dr. Bagno, veja-se o que ele diz, no Twitter, a respeito do Papa Bento XVI:

É óbvio que o Dr. Bagno tem o direito de discordar de quem quer que seja e de manifestar-se a respeito, porém, de maneira cordata e respeitosa. Principalmente por ser alguém que deveria propor-se – aparentemente não é o caso – a ser um docente, um formador de futuros profissionais. Aliás, se o Dr. Bagno pretende mandar o Papa Bento XVI "à merda”, em latim, deveria, segundo alguns alunos seus, estudar um pouco mais o idioma do Lácio e aprender o que é o dativo.
O comportamento desprezível desse pseudo-acadêmico é comum entre aqueles que professam o ateísmo marxista e, atualmente, adotam a estratégia de ocupação de espaços e destruição da moral, desenvolvida pela dupla Gramsci/Marcuse ("viva" a Escola de Frankfurt).
Tal estratégia, ao contrário da loucura que aparenta, segue um método rígido. A partir da ocupação de posições de destaque na docência, segue-se a desqualificação sumária de qualquer possível interlocutor, utilizando-se não-argumentos ou, quando conveniente, invertendo os argumentos a fim de causar confusão entre os desavisados.
No caso do Papa Bento XVI, o que importa é desqualificar o Papa. É a tentativa de destruição do simbolismo da centralidade do pensamento moral judaico-cristão. Está claro que, sem a derrubada da moral judaico-cristã, não será possível a institucionalização do sistema socialista no mundo ocidental, a não ser por vias sangrentas – hipótese ainda não totalmente descartada pela esquerda.
No caso da ARENA, apesar de ser uma agressão despropositada e sem argumentos inteligíveis, é visível o desespero de uma mente socialista diante da possibilidade do surgimento do único Partido político, realmente conservador, capaz de barrar o avanço socialista utilizando-se, unicamente, do processo democrático.


domingo, 21 de julho de 2013

Igreja reforça posição contra aborto e adoção de crianças por homossexuais



A Igreja católica endureceu o discurso contra a agenda gayzista. Um Manual da Bioética, editado pela Comissão Nacional da Pastoral Familiar, vinculada à CNBB, expõe aos jovens participantes da Jornada Mundial da Juventude, o ponto de vista da Igreja sobre temas como aborto, adoção por casais homosexuais, eutanásia, pesquisas com células tronco embrionárias, entre outros.

Vale a pena conferir a matéria do Estadao.

O Papa Francisco e a Participação na Política

Eu tenho dito em palestras da ARENA que, "erva daninha só se mata pisando no campo. Quando você sai de campo a erva toma conta para sempre".

Também, nessas ocasiões, costumo dizer que Aristóteles definia política como "o cuidado com o bem comum. A vigilância sobre os rumos da sociedade como um todo e nunca a adesão parcialista à vontade de grupos ou classes".

Clique aqui e assista o vídeo do Papa Francisco falando sobre a participação do cristão na política.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vou-me embora pra Bruzundanga

Reproduzo aqui a magistral análise de Marco Antonio Villa sobre a presidentA Dilma Wanda Estela Rousseff, publicada no Estadão.

VOU-ME EMBORA PRA BRUZUNDANGA
O ESTADO DE S. PAULO - 11/02

O Brasil é um país fantástico.Nulidades são transformadas em gênios da noite para o dia. Uma eficaz máquina de propaganda faz milagres. Temos ao longo da nossa História diversos exemplos.O mais recente é Dilma Rousseff.

Surgiu no mundo político brasileiro há uma década. Durante o regime militar militou em grupos de luta armada, mas não se destacou entre as lideranças.Fez política no Rio Grande do Sul exercendo funções pouco expressivas. Tentou fazer pós graduação em Economia na Unicamp, mas acabou fracassando,não conseguiu sequer fazer um simples exame de qualificação de mestrado. Mesmo assim,durante anos foi apresentada como "doutora" em Economia.Quis-se aventurar no mundo de negócios, mas também malogrou. Abriu em Porto Alegre uma lojinha de mercadorias populares, conhecidas como "de 1,99". Não deu certo. Teve logo de fechar as portas.

Caminharia para a obscuridade se vivesse num país politicamente sério. Porém, para sorte dela, nasceu no Brasil. E depois de tantos fracassos acabou premiada:virou ministra de Minas e Energia.Lula disse que ficou impressionado porque numa reunião ela compareceu munida de um laptop.Ainda mais: apresentou um enorme volume de dados que, apesar de incompreensíveis, impressionaram favoravelmente o presidente eleito.

Foi nesse cenário, digno de O Homem que Sabia Javanês, que Dilma passou pouco mais de dois anos no Ministério de Minas e Energia. Deixou como marca um absoluto vazio.Nada fez digno de registro.Mas novamente foi promovida. Chegou à chefia da Casa Civil após a queda de José Dirceu, abatido pelo escândalo do mensalão. Cabe novamente a pergunta: por quê? Para o projeto continuísta do PT a figura anódina de Dilma Rousseff caiu como uma luva. Mesmo não deixando em um quinquênio uma marca administrativa um projeto, uma ideia, foi alçada a sucessora de Lula.

Nesse momento, quando foi definida como a futura ocupante da cadeira presidencial, é que foi desenhado o figurino de gestora eficiente, de profunda conhecedora de economia e do Brasil, de uma técnica exemplar,durona,implacável e desinteressada de política.Como deveria ser uma presidente a primeira no imaginário popular.

Deve ser reconhecido que os petistas são eficientes. A tarefa foi dura,muito dura.Dilma passou por uma cirurgia plástica, considerada essencial para, como disseram à época, dar um ar mais sereno e simpático à então candidata. Foi transformada em "mãe do PAC". Acompanhou Lula por todo o País. Para ela e só para ela a campanha eleitoral começou em 2008.Cada ato do governo foi motivo para um evento público, sempre transformado em comício e com ampla cobertura da imprensa. Seu criador foi apresentando homeopaticamente as qualidades da criatura ao eleitorado.Mas a enorme dificuldade de comunicação de Dilma acabou obrigando o criador a ser o seu tradutor, falando em nome dela e violando abertamente a legislação eleitoral.

Com base numa ampla aliança eleitoral e no uso descarado da máquina governamental, venceu a eleição. Foi recebida com enorme boa vontade pela imprensa. A fábula da gestora eficiente, da administradora cuidadosa e da chefe implacável durante meses foi sendo repetida. Seu figurino recebeu o reforço, mais que necessário, de combatente da corrupção.Também,pudera:não há na História republicana nenhum caso de um presidente que em dois anos de mandato tenha sido obrigado a demitir tantos ministros acusados de atos lesivos ao interesse público.

Como esgotamento do modelo de desenvolvimento criado no final do século 20 e um quadro econômico internacional extremamente complexo,a presidente teve de começar a viver no mundo real. E aí a figuração começou a mostrar suas fraquezas. O crescimento do produto interno bruto (PIB) de 7,5% de 2010, que foi um componente importante para a vitória eleitoral, logo não passou de uma recordação. Independentemente da ilusão do índice (em 2009 o crescimento foi negativo: -0,7%),apesar de todos os artifícios utilizados,em 2011 o crescimento foi de apenas 2,7%. Mas para piorar, tudo indica que em 2012 não tenha passado de 1%.Foi o pior biênio dos tempos contemporâneos, só ficando à frente,na América do Sul,do Paraguai. A desindustrialização aprofundou-se de tal forma que em 2012 o setor cresceu negativamente: -2,1%. O saldo da balança comercial caiu 35% em relação à 2011, o pior desempenho dos últimos dez anos,e em janeiro deste ano teve o maior saldo negativo em 24 anos. A inflação dá claros sinais de que está fugindo do controle.E a dívida pública federal disparou: chegou a R$ 2 trilhões.

As promessas eleitorais de 2010 nunca se materializaram.Os milhares de creches desmancharam-se no ar. O programa habitacional ficou notabilizado por acusações de corrupção. As obras de infraestrutura estão atrasadas e superfaturadas. Os bancos e empresas estatais transformaram-se em meros instrumentos políticos a Petrobrás é a mais afetada pelo desvario dilmista.

Não há contabilidade criativa suficiente para esconder o óbvio: o governo Dilma Rousseff é um fracasso.E pusilânime: abre o baú e recoloca velhas propostas como novos instrumentos de política econômica. É uma confissão de que não consegue pensar com originalidade. Nesse ritmo, logo veremos o ministro Guido Mantega anunciar uma grande novidade para combater o aumento dos preços dos alimentos: a criação da Sunab.

Ah, o Brasil ainda vai cumprir seu ideal: ser uma grande Bruzundanga. Lá, na cruel ironia de Lima Barreto, a Constituição estabelecia que o presidente "devia unicamente saber ler e escrever; que nunca tivesse mostrado ou procurado mostrar que tinha alguma inteligência; que não tivesse vontade própria; que fosse, enfim, de uma mediocridade total".

terça-feira, 16 de julho de 2013

O Idiota e o Boçal Engajado

Nosso amigo e convidado Sidney Silveira*, em seu blog Contra Impugnantes, publicou em 6 de outubro de 2012 o artigo "O boçal engajado e a máquina de devorar consciências", do qual faz um belíssimo resumo na postagem de 15 de julho de 2013, "A impermeabilidade metafísica do idiota", que foi reproduzido aqui no Quadratum Tabula.

A respeito do idiota, Sidney fecha seu artigo dizendo "O idiota é a prova cabal do mistério que há entre o céu e a terra". Não é nenhuma concorrência casual que, sobre o "boçal engajado", ele tenha fechado o artigo dizendo:


"Assim pensa este sujeito que, consciente ou inconscientemente, opera a máquina de devorar consciências concebida pelo espírito maligno que — segundo dizem — reside entre o tempo e a eternidade.
E hoje atende pelo nome de 666".

 * Sidney Silveira é professor, jornalista, filósofo e convidado da QUADRATUM TABULA.