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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

OUTUBRO VERMELHO – NOVEMBRO NEGRO

No dia 24 de outubro de 2013, eu publiquei este artigo aqui no blog. Por alguma razão entre o céu e a terra, a postagem desapareceu. Por isso, aqui vai, novamente!



OUTUBRO VERMELHO – NOVEMBRO NEGRO
A Tragédia de uma Família



Estamos já no fim do mês de outubro e, no próximo dia 25, a esquerda comemora o aniversário da Revolução Russa. Pessoalmente, volto minha visão para uma família em especial, cuja história está diretamente ligada à da Revolução Soviética.

Em 1898, surge o Partido Operário Socialdemocrata Russo, que visava reunir as várias organizações revolucionárias russas em um partido único. Curiosamente, em 1903, durante o II Congresso do partido, em uma votação para definir a junta editorial do jornal do POSDR, Iskra (
искра, centelha), a facção de Lenin, minoritária no partido, consegue a maioria na junta e se auto intitula bolchevique (большеви́к, maioria), atribuindo à facção de Martov, majoritária no partido, o nome menchevique (меньшеви́к, minoria). Dessa forma, a minoria leninista proclama-se maioria, em uma demonstração evidente do que viria a ser a “democracia” soviética.

Em 1917, insatisfeito com o governo tzarista, o povo russo foi facilmente “tangido” pelos revolucionários socialistas. Escassez de alimentos, alto índice de desemprego e o envolvimento da Rússia na I Guerra Mundial (para não citar as consequências da guerra russo-japonesa de 1904-1905) mostraram-se uma combinação explosiva de circunstâncias.

Quando os mencheviques de Kerensky assumem o poder, em março de 1917, o tzar Nicolau II é forçado a abdicar em favor de seu irmão, Miguel Aleksandrovich Romanov. Miguel não é mais do que um fantoche nas mãos do governo revolucionário que o obriga a convocar uma Assembleia Constituinte e abdicar em seguida.

Ato contínuo, Nicolau é transferido com toda sua família e colocado sob prisão domiciliar no Palácio de Alexandre em Tsarskoye Selo (“Vila do Tzar”, atual cidade de Pushkin, a poucos quilômetros ao sul de San Petersburg). Em agosto do mesmo ano, o governo de Kerensky evacua a família Romanov para o palácio do governador, em Tobolsk, nos Montes Urais, sob o pretexto de protegê-la dos revolucionários mais exaltados.

Em 25 de outubro de 1917 (7 de novembro no calendário gregoriano*) , Lenin deflagra a revolução bolchevique, que viria a ser conhecida como Outubro Vermelho, em oposição à revolução branca dos mencheviques. O Outubro Vermelho foi, na realidade, o Novembro Negro.

Em abril, o Tzar Nicolau, a Imperatriz Alexandra e sua filha Maria são transferidos para a Casa Ipatiev, em Iekaterimburg, conhecida como a “casa para fins especiais”. Era um posto de comando bolchevique, fortemente militarizado. O filho Alexei e suas irmãs Olga, Tatiana e Anastásia, seguem para lá em maio.

Nicolau, Alexandra e seus cinco filhos foram acordados e levados para o porão da casa onde foram executados pelos bolcheviques, às 2h30min da manhã do dia 18 de Julho de 1918.

Antes de serem tzar e imperatriz, Nicolau e Alexandra eram pai e mãe de cinco filhos.

A mais velha, Olga, era muito parecida com o pai. Inteligente e rápida de raciocínio. Olga tinha 22 anos.

Tatiana era a mais sociável e frequentemente aparecia em ocasiões públicas. Era chamada "a Governanta" pelos irmãos, porque era ela quem advogava por eles junto aos pais. Olga tinha 21 anos.

A terceira filha, Maria, mostrava um excepcional talento para pintura e desenho. Era a mais amável e simpática das irmãs. Recebeu o apelido de "o anjo da família". Seus assuntos preferidos eram casamento e filhos. Muitos diziam que ela seria uma esposa excelente para qualquer homem. Maria tinha 19 anos.

Anastásia era a mais travessa e esperta. Imitava maldosamente as pessoas que conhecia e fazia brincadeiras que às vezes passavam dos limites. Quando pequena, subia nas árvores, e a única pessoa que conseguia fazer com que descesse era o pai. Foi apelidada de "shvibzik" (diabinho em russo). Anastásia tinha 17 anos.

Alexei foi uma criança muito desejada, já que não havia antes dele um herdeiro para o trono. Poucos meses depois de seu nascimento, descobriu-se que ele sofria de hemofilia. Nessa época a doença era incurável e levava à morte precoce. Apesar de sua doença, Alexei era um menino barulhento, vivo e travesso, como Anastásia. Alexei morreu a menos de um mês de completar 14 anos. Mas não por causa da doença.

Em 14 de agosto de 2000, dois anos depois que seus restos mortais foram sepultados em San Petersburg, antiga capital imperial, o Conselho Eclesiástico da Igreja Ortodoxa da Rússia decidiu, por unanimidade, canonizar o último tzar, Nikolai Alieksandrovich Romanov, juntamente com sua esposa Alexandra Feodorovna e os cinco filhos do casal. O tzar Nicolau II recebeu o título de São Nicolau, o Portador da Paixão.

A Casa Ipatiev foi demolida em 1923 e, entre os anos 2000 e 2003, foi construída em seu lugar a Igreja do Sangue Derramado em Honra a Todos os Santos, resplandecente na Terra Russa.

* O ano 46 a.C. foi marcado por mudanças peculiares. Para acertar o calendário civil ao ano solar, Júlio Cesar institui um ano de 15 meses e 455 dias. Foi o “ano da confusão”. Em 45 a.C. o Cesar institui o calendário juliano, com o ano de 365 dias e seis horas, havendo um ano bissexto a cada 4 anos. Porém, persistiu uma defasagem entre os anos solar e civil. Esta diferença, apesar de inúmeras tentativas, somente foi resolvida na idade média, pelo Concílio de Trento (1545), cabendo ao Papa Gregório XIII a instituição do novo calendário, que foi imediatamente adotado pela maior parte do mundo cristão. Na Rússia, o calendário gregoriano só foi oficialmente adotado em 1918. A esquerda comemora a Revolução Soviética na data errada.

Um comentário:

  1. Antonio da SIlva Ortega25 de julho de 2014 às 18:00

    A História deve recuperar de FORMA URGENTE a Verdade sobre o Grandioso CZAR NICOLAI ROMANOV II. Vítima desta escória assassina e covarde da esquerdopatia vermelha. Vamos juntos fazer com que a VERDADE NUNCA VENHA A MORRER.

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