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sábado, 28 de dezembro de 2013

Sobre a Revisão da Historiografia Brasileira. Ou: "Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é"

No dia 26 de dezembro, publiquei em minha timeline do FB esta imagem:


No comentário, referi-me à faculdade de história da UNILASALLE RJ, em Niterói, que frequentei parcialmente. Desisti do curso por ter-me enojado com o proselitismo comunista de alguns professores, a bem da verdade, a maioria deles.

Uma colega de turma, a quem muito prezo, comentando a postagem, mostrou-se chateada com meus comentários sobre a instituição. Até por uma questão de amizade, fui obrigado a responder e resolvi partilhar a resposta com os meus raros leitores.
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Minha querida amiga e colega do curso (parte dele, ao menos) de História na UNILASALLE RJ. Antes de mais nada, gostaria que você entendesse que meu temperamento me impõe um jeito tosco de me expressar, embora jamais abandonando a racionalidade dos argumentos. Por isso, tenha em mente que nutro por você uma amizade e um carinho muito especiais e, jamais, diria algo com intenção de magoá-la. Assim, vamos ao problema da postagem que comentamos. Desculpe-me pelo texto longo.

Em primeiro lugar, aqui não se trata de "ponto de vista" ou de opinião pessoal. Trata-se da VERDADE HISTÓRICA que a esquerda nacional faz questão absoluta de esconder. Incluindo aí o professor (com minúscula proposital) RAFAEL ARAUJO da UNILASALLE RJ e todos os canalhas que com ele concordam. Veja:

O historiador Glauco Carneiro* (ver nota no final do texto), em Histórias das Revoluções Brasileiras, volume II, página 424, escreveu: “... dos três levantes comunistas de 1935, foi o de Pernambuco o mais sangrento, recolhendo-se 720 mortos só na operação na frente de Recife.”
Portanto, vê-se que não se trata de opinião minha, mas do registro historiográfico de um erudito multidisciplinar, com várias obras publicadas e de uma mentira plantada pela esquerda histérica, na tentativa de total inversão da VERDADE HISTÓRICA que você tanto busca, como todo bom historiador deve fazer.

Em segundo lugar, a Faculdade de História da UNILASALLE RJ não é sua, como não é minha. Você apenas é matriculada lá. Mas, infelizmente, isso não muda a verdade dos fatos e não corrige as falhas da instituição. O fato de que vários professores são comunistas. O fato de que eles tentam reescrever a História de acordo com o ensinamento primeiro de Lenin: “Acuse-os do que você faz. Xingue-os daquilo que você é”.

“Como vc sempre diz um historiador não pode faltar com a verdade, mas quem garante que ela está apenas de um lado?” Sim, digo e continuarei a dizer, sempre, em alto e bom som.

Se não posso ter certeza de que lado está a verdade, posso garantir a você que a ela não está do lado de um professor canalha que diz, com todas as letras, em sala de aula, que a Intentona Comunista de 35 foi um movimento “tão pequeno”. Se 720 mortos, atestados por um Historiador (com H maiúsculo), é o que caracteriza um movimento “tão pequeno”, se você me convencer disso, eu paro de me referir à UNILASALLE RJ e ao RAFAEL ARAUJO. Se você me convencer de que ele não tinha a obrigação de citar bibliografia que contradissesse esse número, eu paro com minhas críticas. Se você me convencer que ele não tinha conhecimento disso, aí então eu direi que ele é um incompetente, um analfabeto funcional, que não merece fazer parte do corpo docente de nenhuma instituição de ensino e que deveria ser demitido por justa causa, além de ter o diploma cassado por total incompetência. Até lá ou até que o (des)governo do PT consiga instaurar o controle social da mídia (censura prévia), eu vou continuar fazendo uso da minha liberdade de expressão. A UNILASALLE RJ tem todo o direito de pedir que eu me cale sobre ela, até mesmo me processando, se assim entender que deve fazê-lo e se achar que a verdade está do lado dela (caso contrário, o processo se volta contra ela por litigância de má fé). Lembre-se que eu conversei longamente com o Reitor sobre esse assunto. Ele tem ciência dos problemas.

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*GLAUCO CARNEIRO - Nasceu em Fortaleza, 18 de dezembro de 1938, filho de Antônio Magalhães Carneiro e Maria Carmélia Mota Carneiro.
Irmão de pessoas notáveis: Luciano, jornalista (falecido); Marcelo, sacerdote, e Antônio, advogado e jornalista, estes membros da Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro. Radicado em São Paulo. Estudos nos colégios São José e Cearense. Diplomou-se pela Faculdade Nacional de Direito no Rio de Janeiro (turma de 1964). Especialista em Comunicação e Relações Públicas.
Trabalhou em “O Cruzeiro”, “O Globo”, “O Jornal”, “Manchete”, “Tendência” e outros periódicos do Rio de Janeiro e São Paulo. Assistente da presidência dos “Diários Associados”. Trabalhou durante 10 anos na Fundação do Bem-Estar do Menor, lançando a revista “Brasil Jovem”. Assessor de Imprensa do Ministério da Justiça e do Ministério das Relações Exteriores, bem como da Secretaria de Promoção Social do Governo do Estado de São Paulo.
Pesquisador, historiador, ensaísta, conferencista.
Publicou: História das Revoluções Brasileiras (1965); O Revolucionário Siqueira Campos (1966); A Face Final de Vargas (com Lourival Fontes, 1966); Um Repórter no Mundo Português (1971); Lusardo - O Último Caudilho (1977/1978); Cunha Bueno - História de um Político (1982), e Batista Lusardo - Discursos Parlamentares; O Cerco da Lapa (A epopéia de Gomes Carneiro); O Menor como Alvo da Comunicação de Massa; Aspectos Psicossociais da Comunicação de Massa (Um novo elemento na formula de Opinião Pública); Um Congresso contra o Arbítrio e O Poder da Misericórdia (A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo).

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