Todos
temos nossos dias de “ovo virado”. Hoje, peguei-me a divagar sobre o sentido da
vida. Questionei a Criação. Perguntei a Deus qual o sentido de viver "gemendo e
chorando neste vale de lágrimas".
O
que é nossa vida a não ser acordar a cada dia e repetir a mesma rotina do esperar
pela hora da morte, a única certeza absoluta que temos, apesar da incerteza do
momento e do destino nosso nessa travessia de um deserto, diante da qual não
poderemos contar com qualquer companhia amiga, que teremos que enfrentar
sozinhos?
A
esperança de ateus é o fim de todos os problemas. A certeza do crente é a
incerteza do que nos aguarda. Tomando por base uma probabilidade de 50% de
haver ou não uma vida após a morte, qual o caminho mais sensato a percorrer? Se
não há nada após a morte, tudo nos é permitido. Se há uma vida ulterior, nenhuma
certeza nos é dada. Nem da felicidade nem da “danação” eternas.
Se
tudo nos é permitido, por que pautamos nossa vida por valores morais ou éticos?
Se não há continuidade da vida após a morte não há consequências de nossos atos e,
dessa maneira, não há castigo ou recompensa. Por que pautarmos nossa breve e fugaz
existência em valores construídos por uma cultura que nos cerceia de toda
liberdade?
Por
outro lado, se é verdadeira a sobrevivência do espírito, sofreremos, então, as
consequências de nossos atos e fatos. Não contaremos com falsos álibis ou com
atenuantes como “fiz porque ele (ou ela) me induziu a fazer”. Seremos os únicos
responsáveis por tudo que levarmos dessa vida para a outra.
Cônjuges,
filhos, amigos, parentes, vizinhos, o “povo”, todos podem nos induzir a tomar
essa ou aquela atitude. Mas só nós somos responsáveis por estas. Sejamos ateus
ou crentes, não há desculpas para aquilo que fazemos em vida. Para ateus,
seremos julgados pela história. Condenados, como Hitler, ou exaltados, como Madre Teresa de Calcutá. Para crentes, seremos julgados pelo único Juiz,
Nosso Senhor Jesus Cristo. Para ateus resta o castigo de ser execrados pela
posteridade. Para crentes, a danação ou a salvação eternas.
Por
uma simples questão de probabilidades, prefiro acreditar na Vida Eterna a apostar na loteria.
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